segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quinta está no ar, filme: UM HOMEM CHAMADO CAVALO

Grande filme temático, sobre a Natureza e o homem. Os índios norte-americanos e sua nobreza impoluta.

Mais uma vez o titio COBRA nos brinda com uma resenha soberba sobre um filme que não pode deixar de ser visto.


“Um Homem Chamado Cavalo”

Richard Harris é um irlandês, foi jogador de rúgbi e nasceu em 1930. Os mais novos irão lembrar-se dele como Alvus Dumbledore. Outros como o English Bob do filme “Os Indomáveis”. E os mais antigos, de “Orca”. Mas quem tem mais de 45 anos certamente ficou marcado pela estupenda atuação neste filme em que ele é Shunkawakan, cavalo.

Capturado nas planícies do sioux, pela tribo de Mão-Amarela, torna-se o escravo da mãe do chefe local. Belíssimo desfiar de costumes dos índios. O dedo cortado pela perda de um filho, o casamento contratado, as danças, as cerimônias de guerra. Os cabelos compridos, as pinturas corporais, as armas, as cabanas.

Um espetáculo de identidade. Primeiro o sujeito é um ser humano, depois ele é um homem. Grande lição de gênero. Mas para isso, tem que provar seu valor e respeito perante a tribo. Enquanto ele deseja aprender com os indígenas, Batise -outro que foi capturado - só pensa em fugir, mas suas atitudes do dia-a-dia mostram que ele já se entregou.

Um belo dia, índios Chochones rivais espreitam a tribo. Ele os mata e deseja desposar a irmã do chefe. É aceito por ela, antes houve flores, olhares, risos, carinho. Tudo muito igual ao nosso mundo “civilizado”. Contudo ele é obrigado a passar pelo teste O-Kee-Pa. A sequência do seu inflamado discurso, somada ao sacrifício corporal, com direito a um jogo de luzes filmado de maneira incomum para o ano de 1970, é divino, um sonho.

A vida prossegue. Idílico cenário da vida “selvagem”. Particularmente só conheço o idioma Navajo, mas o deles (Lakota) é muito sonoro e interessante. Com várias palavras de origem onomatopaica. Mas isso não é tão valioso como amar e ser amado, e manter sua família. Ela está grávida.

Os inimigos atacam. A surpresa é grande e John Morgan luta bravamente. Muitas mortes inesperadas. Escalpos, tomahawks voando, flechas de ponta, lanças fincadas e o símbolo da tribo cai. Alguém tem que erguê-lo e tornar-se chefe. Um homem chamado cavalo, o faz.

Contudo as perdas são tão imensas e insuperáveis, que o inverno simboliza a tristeza dos fatos. Morgan ali deixa novamente de ser um inglês entediado, um animal de carga, para ser um homem.

O que há de bom: relato fiel e cuidadoso de uma tribo indígena, sem floreios e sem ser politicamente correto

O que há de ruim: alguns coadjuvantes não são índios, como Manu Topou ou Eddie Little Sky e sim mexicanos; e isso desvirtua um pouco

O que prestar atenção: o figurino é riquíssimo e só comparável aos estudos de Sergio Bonneli, o quadrinista que desenha Tex, Mágico Vento, Zagor e Ken Parker

A cena do filme: Io te tila , io te tila, io te tila , umas sete vezes e com paixão!

Cotação: filme ótimo(@@@@)

4 comentários:

  1. sempre que venho aqui, me perguntom pq demoro tanto. te linkei ni blog, asim me lembrarei mais facilmente.
    Um dia vc disse que tinha um presentinho pra mim, e eu, maleducadézima, nem vim. Depois não achei mais. Ainda mereço? Posta lá no blog o link que eu venho...ok?
    ah e amei esse filme, estarrecedor, tudo, tudo, vi muitas vezes na minha vida.

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  2. úrsula,

    filmaço! e que resenha a do seu tio!!!!

    é um clássico, sem dúvida.

    afagos.

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  3. Olá Walkyria,

    Claro que merece, há quase um ano, no comecinho da minha carreira de cronista e blogueira, você me acompanhou legal.

    Seu presente está guardadinho, basta enviar o seu endereço que mando para a sua casinha.

    Papai comprou para mim na Turquia...

    auf, auf, auf,

    Úrsula Maff

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  4. Olá Betina e Walkyria,

    O que mais me impressiona no filme é que as pessoas corretas e justas são sempre parecidas com os animais.

    Simples e puras, não?

    Úrsula Maff

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