sábado, 11 de dezembro de 2010

Quinta está no ar: Filme: O LOBISOMEM

Neste filme percebemos que as lendas antigas estão sempre voltando, assim como os vampiros, por exemplo. Mas reparem bem que um lobisomem parece mais com um cão do que com um homem. Por isso são tão poderosos.

Mais uma resenha do meu titio , o COBRA.



“O Lobisomem”

Estamos em 1880, aproximadamente. Duzentos anos depois do último lobo do Reino Unido ser morto na Escócia pelo meu ancestral Agustín -filho de Dom Afonso- quando completou 41 anos. Entretanto um ataque inusitado mostra garras enormes, e várias testemunhas referem que um animal atacou o irmão do ator de teatro que iria casar-se logo mais. Tudo nas redondezas de uma enorme e decadente casa de campo.

A cidade ao lado é pequena, ar viciado, pesado. Uma caravana de ciganos húngaros está acampada ao lado. A noiva é bonita e carente. O rapaz não vê o pai há anos. E um mistério ronda a morte de sua mãe e o circunspecto caçador. Sim, o velhão mora num castelo lotado de cabeças de animais, troféus trazidos de todo mundo e tem como fiel escudeiro, um sikh; famosa estirpe de guerreiros indianos. Atores: pai é Sir Anthony Hopkins e filho Benício Del Toro. Chocantes separadamente, chatos num roteiro chocho.

Mas o mistério prossegue, quem é o animal? Praticamente todos sabem que é um lobisomem. Não há dúvidas a respeito. O investigador, o clero, o populacho. A lua cheia está lá, mais vitoriana do que toda a Inglaterra. E a transformação irá começar. Ponto alto do filme. O animal tem o focinho curto, humano e as roupas são mantidas. As características originais idem, tais como o tipo físico original, seus trejeitos e até o olhar de cachorro pidão do Del Toro.

Cenas de morte, correria e ataques são o forte do filme, além das locações internas com a lúgubre mansão do Sr. Talbot e as externas de uma Londres imensa e densamente habitada no final do século XIX. A prisão do fugitivo e posterior agressão no meio de uma sessão clínica de psiquiatria transborda de tensão e violência. Só não gosto da cunhada se apaixonar tão rapidamente e a cigana Maleva não merecer o destaque necessário.

O pau quebra com o encontro entre os dois licantropos. A magnífica casa de campo de Chatsworth House Edensor em Derbyshire é arrebentada e arde em chamas. Uma pena. Os lobinhos poderiam lutar lá fora. Fica a impressão de que ambos atores não se divertiram durante as filmagens e estavam mais preocupados em passar um ar lupino do que humano nas interpretações. E bem sabemos que lobos são péssimos atores.

O que há de bom: uma refilmagem de 1941 com maquiagem perfeita ao invés do infame CGI

O que há de ruim: não deu emoção nenhuma das interpretações humanas, as cenas de lobo são infinitamente melhores com as unhadas e eviscerações de praxe

O que prestar atenção: na lojinha da moçoila tem uma réplica da estátua do Pensador, de Rodin, como é que pode, se ele a esculpiu em 1906?

A cena do filme: a transformação, tanto lobo-pai como lobo-filho

Cotação: filme regular (@@@)

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